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Crise existencial: existe realmente um propósito de vida?

Você já se perguntou qual o sentido da sua existência? Quem você realmente é? Já teve a sensação de que a vida é apenas um sopro ou de uma fragilidade ímpar que qualquer evento além do seu controle pode mudar o rumo de tudo em questão de instantes? 

Como se você estivesse preso em um barco de madeira, à deriva no meio do oceano cristalino, sem qualquer bússola ou equipamento para encontrar o caminho das estrelas até a terra firme. Sem nada além da linha fina que marca o horizonte. 

E, neste barco, você está desafiando tempestades que gritam pelo naufrágio iminente.

Pode ser que você já tenha sido impactado pela insegurança de não ter um propósito de vida. Sendo assim, é fundamental destacar que é completamente normal ter todos esses questionamentos, bem como outras incertezas. 

Também vale ressaltar que tudo isso faz parte da busca por um significado, um sentido. E essa busca, por sua vez, é parte essencial da jornada humana.


Porém, há de se ater ao excesso da busca pelo sentido da vida, bem como os impactos que essa caça pode proporcionar. O apego em viver constantemente encontrando um sentido para tudo e sobre todos os detalhes podem pavimentar um caminho perigoso para uma crise existencial. 

Apesar de ainda estarmos imersos em uma sociedade que encara os sentimentos como um tabu, é essencial conversar sobre cada um deles e perceber os sintomas independentemente da sua crise, antes que ela escale para um caminho sem volta.

Sendo assim, a Ressignificar, clínica psicoterapêutica em Brasília, preparou este artigo para explicar todas as nuances e detalhes de uma crise existencial, bem como seus possíveis gatilhos e o que pode ser feito para contornar os potenciais de transtornos.

 

Qual o meu papel no mundo?

Há certo tempo tomamos conhecimento de que nossa passagem por esse mundo talvez não seja inteiramente a passeio, de forma que existem pessoas empenhadas em descobrir um propósito individual, coletivo e o tipo de legado que será deixado. 

Sendo assim, é possível afirmar que descobrir o seu papel no mundo é uma jornada única e pessoal, sem resposta definitiva que seja aplicável para todas as pessoas no mundo. Afinal, você pode ser um artista renomado e ser terrível em matemática, enquanto seu irmão mais velho é um gênio da física, por exemplo. 

Cada pessoa tem talentos, paixões e circunstâncias que os fazem únicos e influenciam e impactam diretamente o seu propósito de vida. 

 

Como descobrir meu papel no mundo?

Como toda jornada humana, tudo começa no autoconhecimento. Explore seus interesses, habilidades e, especialmente, seus valores. Descubra quais atividades despertam paixão em você, aquela vontade de viver genuína para continuar fazendo o que gosta e no que você se destaca.  

Além do autoconhecimento, defina objetivos, com metas claras e significativas e busque experiências novas. Afinal, a vida pode ser uma grande aventura, cheia de descobertas e novos projetos que trarão identificação e sentido para os seus dias. 

Não podemos esquecer das conexões e que o seu papel no mundo é um processo contínuo e constante. Pode ser que o tempo se encarregue de mostrar a clareza imediata, mas ele também pode vir com a lentidão de uma chuva de inverno. É importante se manter atento, porque as mudanças também farão parte do seu papel no mundo.

Assim sendo, é imprescindível se aliar à paciência para evitar transtornos como uma crise existencial, por exemplo.
 

Afinal, o que é uma crise existencial?

O conceito de crise existencial começou a ser estudado em 1929, por Kazimierz Dabrowski e Irvin D. Yalom. Apoiados no conhecimento da Psicologia e Psiquiatria, ambos dedicaram cerca de uma década debruçados sobre o tema.

Mas, claro, houve vários desdobramentos ao longo dos anos que se seguiram. O Diário Internacional de Psicologia definiu a crise existencial como um conjunto de medo, ansiedade e culpa. Com base em uma série de estudos, foi publicado um artigo em 2016 que destrincha o tema. 

É entendido que uma crise existencial difere-se de outras crises mentais por contar com o quadro de ansiedade caracterizado pelo impacto da responsabilidade, busca pelo propósito e compromisso que potencializam uma angústia gritante que, por sua vez, desencadeia um compilado de sentimentos negativos, como o estresse.  

Infelizmente, essa sensação de não encontrar um sentido para vida, aliado ao constante questionamento acerca da própria existência causa uma inquietude que logo se transforma em desespero, podendo atrapalhar, inclusive, o convívio social.

Afinal, de modo geral, pode-se definir uma crise existencial como um estado de questionamento profundo amplificado pelo sentimento de estar perdido, desorientado e até insatisfeito com a vida atual. 

Geralmente, esses fatores vêm acompanhados de dúvidas acerca de escolhas do passado, os caminhos trilhados, o papel na sociedade, entre outros aspectos que compactuam com a esfera da transitoriedade da existência.
 

Quais são os sintomas de uma crise existencial?

Caracterizadas, principalmente, por uma instabilidade emocional, as crises existenciais têm como base os conflitos internos carregados de dúvidas, solidão e, principalmente, a melancolia. Sendo assim, podemos assinalar alguns dos principais sintomas mais comuns durante o período de angústia existencial. 

Como elencamos ao longo deste artigo, a angústia que leva à crise existencial é fundamentada no sentimento persistente de vazio ou falta de propósito de vida. Além disso, há o questionamento sobre escolhas, realizações e os rumos que culminaram no momento que está sendo vivido. 

Exemplificativamente: é comum a incerteza sobre a vivência estar em harmonia com os verdadeiros desejos e valores.

Ademais, um sintoma muito comum de uma angústia existencial está entrelaçado à desconexão com interesses que anteriormente provocavam sentimentos bons como prazer e felicidade. Atividades que antes tinham significado, podem não preencher mais a vida do indivíduo de forma satisfatória.

Os questionamentos de “quem sou eu?”, “o que eu quero da vida?”, “o que estou fazendo?”, “onde vou chegar?”, entre outros, são alguns dos aliados da sensação de desorientação e confusão que um indivíduo em crise existencial pode experienciar. Caracterizando-se, assim, como um sintoma comum dessa angústia. 

Além disso, uma crise existencial pode desencadear questões existenciais e filosóficas épicas, englobando a origem da natureza, a mortalidade, liberdade e outras complexidades que tendem a ocasionar uma sobrecarga emocional desnecessária. 

Há ainda a intensidade avassaladora carregada de ansiedade que abarca uma crise existencial. O fardo das incertezas emaranhado ao peso dos questionamentos acerca da existência transforma-se em um coquetel perigoso que geralmente resulta em angústias devastadoras.


Por fim, é possível que, em meio a uma crise existencial, o indivíduo encontre os caminhos de uma reavaliação de valores e perspectivas, além do propósito de vida. Essa reavaliação pode vir acompanhada de uma revisão profunda de crenças e prioridades em busca de novos significados para a existência. 

Além desses, há outros sentimentos comuns como:

 

  • Alterações de apetite;

  • Alterações de sono;

  • Necessidade do isolamento;

  • Desânimo;

  • Pessimismo;

  • Sentimento de incapacidade.
     

Qual a diferença entre uma crise de ansiedade e uma crise existencial?

Apesar de serem transtornos diferentes, uma crise de ansiedade e a crise existencial compartilham de algumas semelhanças, justificando, assim, a possível confusão entre ambas. 

De forma sucinta e abrangente, a crise de ansiedade é um distúrbio psicológico reconhecido por um estado de apreensão intensificada, medo, inquietação e, não obstante, uma preocupação excessiva. Quem convive com crises de ansiedade pode experienciar sintomas físicos como coração acelerado, dificuldade para respirar, tremores, sudorese e uma terrível sensação de sufocamento.

Esse tipo de transtorno pode ser desencadeado por variadas situações que vão desde medo de voar, falar em público, um primeiro encontro, o primeiro dia de aula, entre outros. Mas também pode ocorrer de forma generalizada e sem causa aparente.

É possível relacionar a crise de ansiedade ao desequilíbrio químico no cérebro, cujo tratamento usualmente está diretamente associado à  terapia, o uso de medicamentos, ou uma combinação de ambos. 


Em contrapartida, uma crise existencial é caracterizada por ser uma questão filosófica mais ampla, envolvendo a profunda reflexão sobre o sentido e o propósito de vida, além dos valores pessoais, identidade e até mortalidade. 

Enquanto essas reflexões se aprofundam na mente de quem precisa desbravar com uma crise de angústia existencial, é possível que ela experiencie sensações como sentimento de incapacidade, pessimismo, necessidade de isolamento, entre outros. 

E, apesar de alguns sintomas parecerem estar entrelaçados quando entendemos uma crise de ansiedade e uma crise existencial, é importante salientar que uma crise de ansiedade está diretamente relacionada à apreensão intensificada, enquanto a crise existencial é marcada por incertezas e angústias existenciais.

E, esses dois fatores de uma crise existencial culminam no desespero em busca de significado, noção de liberdade, autenticidade e transições de fases da vida. 

Por fim, embora sejam encontradas diferenças fundamentais entre as duas, é crucial destacar que uma crise existencial pode fazer com que os sintomas de uma crise de ansiedade rompam as barreiras da realidade, mergulhando profundamente o indivíduo em uma angústia aparentemente sem fim.

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O que desencadeia uma Crise Existencial?

Homem triste no quarto

As causas que originam uma crise existencial não são facilmente descritas, uma vez que o contexto em que cada indivíduo está inserido pode impactar profundamente as angústias. Ainda assim, é possível encontrar agentes comuns de uma crise desse porte, como, por exemplo, os desafios alimentados intensamente. 

Esses desafios podem ser vistos como um trauma, uma tensão sem solução, mortes de entes queridos, término de relacionamentos, acidentes, perda de emprego ou qualquer tipo de evento que carregue um significado profundo que criará raízes angustiantes no indivíduo. 

Ademais, é possível elencar algumas causas que desencadeiam uma crise existencial como, por exemplo: 

 

  • Culpa;

  • Luto;

  • Insatisfação pessoal;

  • Insatisfação social;

  • Repressão de sentimentos e emoções.
     

Como tratar uma crise existencial?

Existem algumas orientações que podem ajudar na busca pelo tratamento de uma crise existencial, como tirar um tempo para refletir sobre as emoções e pensamentos, explorar os valores e objetivos pessoais e apostar em mudanças positivas.

Porém, é necessário destacar que contar com uma rede de apoio para compartilhar os sentimentos e preocupações pode ser a chave ideal. Essa rede de apoio pode começar em casa, com a família e se estender até o encontro terapêutico com um profissional qualificado.

Afinal, a terapia pode exercer um papel fundamental no tratamento de uma crise existencial. Primeiramente, porque a terapia proporciona um espaço confidencial para a exploração de questões existenciais. 

 

Neste espaço, o terapeuta poderá ajudar na reflexão sobre a identidade, propósitos e valores, impactando na descoberta de quem você é e o caminho que deseja seguir. 

Além disso, a terapia oferece um suporte emocional valioso, visto que um terapeuta tem como objetivo o auxílio quanto às emoções intensas, tipos de ansiedade, desesperança e outros sentimentos que podem exigir um ambiente seguro para serem processados.

Além disso, um terapeuta encarrega-se de propor perguntas e questionamentos que auxiliam na reflexão sobre suas preocupações, com respostas que podem garantir clareza sobre seus pensamentos e sentimentos. Esse é um dos principais caminhos para desvendar padrões.

Sejam pensamentos negativos, distorcidos e até novas formas de encarar a sua angústia existencial. Um terapeuta qualificado ainda pode fornecer ferramentas e estratégias para o enfrentamento saudável de uma crise existencial, como técnicas de relaxamento, por exemplo. 

E, como citamos anteriormente, um terapeuta pode fazer parte da sua rede de apoio, acompanhando você na jornada humana de redescobrimento, com apoio e encorajamento constante durante toda a trajetória. 

 

Ressignificar Psicologia: em prol da sua saúde e harmonia mental

Falar sobre qualquer questão que nos assola a mente pode ser um desafio amedrontador, de modo que torna ainda mais imprescindível a escolha de um profissional qualificado e renomado para te acompanhar no tratamento psicológico. 

Sendo assim, a Ressignificar se destaca com a contribuição social por meio do acolhimento sensível das dores de cada consulente.
Com um espaço acolhedor, trabalhamos a psicologia humanizada, entre outras abordagens, em busca de um encontro terapêutico eficiente.

Promovemos a escuta ativa, acolhimento especializado e segurança no enfrentamento sensível de independentemente da sua dor. Dessa forma, você sempre vai saber onde encontrar sua bússola caso esteja perdido à deriva no mar.

O diálogo é o melhor caminho para ressignificar sua vida, conte conosco para encontrar um propósito muito além de qualquer crise existencial.
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Atenção: O site da Psicologia Ressignificar não disponibiliza tratamento ou aconselhamento instantâneo para pessoas em crise suicida.

Em caso de crise, ligue 188, para o Centro de Valorização da Vida ou acesse o site www.cvv.org.br.

O atendimento é disponível para todo o território nacional, 24 horas ,durante todos os dias e de forma gratuita.

Em caso de emergência, procure atendimento no hospital mais próximo.

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