Saiba o que é um relacionamento abusivo e como identificar

Existem diferentes tipos de violência doméstica no Brasil. Segundo dados da ONU Mulheres, o país ocupa o 5° lugar no ranking mundial de feminicídios. Além disso, 3 em cada 5 mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência em um relacionamento afetivo. 

 

Com a COVID-19, essa realidade se intensificou. Estima-se que oito em cada dez vítimas de violência contra mulher sofreram abusos psicológicos durante a pandemia, segundo um levantamento feito pelo projeto "Justiceiras". Ao todo, foram realizados 9,5 mil atendimentos desde março de 2020 até março de 2022. Entre as principais violências relatadas, identificaram-se a violência psicológica (82,96%) e a física (59,06%).

 

Tendo em vista esse cenário, é urgente falarmos sobre relacionamento abusivo. Esse é um tema cada vez mais debatido na sociedade, com visibilidade crescente nos veículos da mídia. Abordar o assunto é um passo importante para levar conscientização, o que contribui para que as vítimas possam buscar ajuda especializada, como o acompanhamento psicológico.

 

Pensando nisso, a Ressignificar Psicologia criou esse conteúdo exclusivo para você entender o que é o relacionamento abusivo, como identificá-lo e combatê-lo. Boa leitura!

 

O que é um relacionamento abusivo? 

 

Um relacionamento abusivo é caracterizado pela presença de comportamentos controladores, manipuladores e prejudiciais por parte de um parceiro em relação ao outro. Frases como “Você não vai sair vestida assim” e "Me manda uma foto com quem você esta´", por exemplo, são típicas de um relacionamento abusivo.

 

Esses comportamentos se manifestam de diversas formas, o que inclui violência física, verbal, emocional, sexual, financeira ou psicológica. No âmbito emocional, o abusador busca exercer poder e controle sobre a vítima. Para isso, diminui a autoestima da outra pessoa, isolando-a de amigos e familiares.

 

Desse modo, cria-se um ambiente de constante tensão e medo. A dinâmica do relacionamento abusivo é marcada pela desigualdade de poder. O agressor procura manter domínio sobre a vítima, muitas vezes dificultando sua capacidade de tomar decisões autônomas e que comprometem a integridade física e emocional. 

 

Quais são os tipos de relacionamento abusivo?

 

Como mencionamos acima, os relacionamentos abusivos ocorrem de formas variadas. Alguns dos tipos mais comuns consistem em:

 

• Abuso emocional: manifesta-se por meio humilhação, manipulação emocional, isolamento social, ameaças e intimidações psicológicas para abalar a autoestima da vítima. 

 

• Abuso verbal: caracterizado por insultos, xingamentos, gritos e palavras depreciativas que visam desvalorizar a vítima. 

 

• Abuso físico: inclui agressões físicas, como bater, empurrar e beliscar. Causa danos corporais à vítima. 

 

• Abuso sexual: engloba coerção sexual, estupro, pressão para atividades sexuais indesejadas e desrespeito aos limites da vítima. 

 

• Abuso financeiro: controle ou restrição do acesso aos recursos financeiros. Dessa forma, a vítima se torna dependente, com a autonomia limitada.

 

• Abuso digital: pode envolver controle obsessivo sobre as atividades online da vítima, difamação nas redes sociais, invasão de privacidade ou ameaças por meio de dispositivos móveis.

 

• Abuso social: ações que buscam isolar a vítima de amigos, familiares e redes de apoio, o que dificulta o acesso à ajuda.

 

O relacionamento abusivo não é somente entre casais. É possível que aconteça entre outros membros da família, como pais, filhos e irmãos. As circunstâncias para o seu surgimento são diversas: seja nos namoros, noivados, casamentos, amizades ou ambiente de trabalho.

 

Lembramos que essas formas de abuso podem acontecer isoladamente ou se sobrepor. Portanto, o relacionamento abusivo é um quadro complexo e extremamente prejudicial, o que requer profissionais da psicologia para sua identificação e tratamento.

Como identificar um relacionamento abusivo? 

 

A violência física é a forma mais fácil de identificar um relacionamento abusivo, mas os sinais mais velados são mais difíceis de serem percebidos. Afinal, muitas vezes há um disfarce de zelo e cuidado por trás.

 

Por exemplo, há parceiros que controlam o tipo de roupa que a mulher vai usar e alegam que é para o seu próprio bem. Desse modo, o agressor tende a justificar o ato abusivo como uma “preocupação”. Abaixo, sinalizamos alguns indicadores comuns que ajudam a reconhecer se você está neste tipo de relação.

 

1. Controle excessivo

 

Se uma pessoa tenta controlar suas ações, decisões, amizades e até mesmo sua aparência, isso é um forte indicativo de comportamento abusivo. 

 

2. Manipulação emocional

 

Contempla tentativas de afetar sua autoconfiança e fazer com que se sinta culpado(a) ou responsável por problemas no relacionamento. 

 

3. Violência física ou ameaças

 

Qualquer forma de agressão física, mesmo que ocasional, é inaceitável. Além disso, ameaças de violência devem ser levadas a sério. Procure auxílio imediatamente. 

 

4. Isolamento social

 

Se você se vê cada vez mais afastado de amigos e familiares, especialmente se isso é resultado das ações do seu parceiro, é um sinal de abuso. 

5. Ciúme constante

 

Ciúmes que ultrapassam limites saudáveis e se transformam em comportamento possessivo indicam relacionamento abusivo. 

 

6. Desrespeito aos limites

 

Se o parceiro ignora seus limites e não respeita suas escolhas pessoais, atente-se, pois é sinal de uma dinâmica abusiva. 

 

7. Humilhação e críticas constantes

 

Comentários depreciativos e humilhação são formas de abuso emocional que podem afetar significativamente a autoestima da vítima. 

8. Pressão sexual

 

Se você se sente pressionado(a) a realizar atividades sexuais contra a sua vontade, isso é uma forma de abuso. 

 

9. Controle financeiro

 

O parceiro controla as finanças de maneira a tornar a vítima dependente, o que reduz sua autonomia.

 

10.  Intimidação digital

 

A utilização de meios digitais para controlar, ameaçar ou difamar a vítima é outra forma de abuso.

 

Como o relacionamento abusivo começa de forma quase invisível, detectá-lo no início é uma grande dificuldade. Em geral, a vítima só percebe que está nesse tipo de relação depois de bastante tempo envolvida emocionalmente. Essa é uma enorme dificuldade de romper o ciclo, pois há uma dependência em relação ao abusador.

 

Se você identificar alguns desses sinais em seu relacionamento, é fundamental procurar apoio. Considere a possibilidade de procurar ajuda profissional, como terapeutas especializados em violência doméstica. 

 

Como sair de um relacionamento abusivo? 

 

Sair de um relacionamento abusivo é um processo desafiador, mas crucial para preservar a saúde e o bem-estar emocional. O primeiro passo é reconhecer a situação e entender que o comportamento abusivo não é aceitável. 

 

Como a narrativa é invertida, ou seja, o agressor consegue manipular a situação para que a vítima assuma a culpa, fica difícil perceber a violência. Por isso, ter conhecimento sobre o tema é tão importante. 

 

Em seguida, deve-se buscar apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais especializados em violência doméstica. Na Ressignificar, temos psicólogas que atuam com escuta empática e atendimento humanizado, totalmente individualizado para atender pacientes em Brasília, tanto presencialmente quando online.

 

Após encontrar ajuda, começam as estratégias. Desenvolver um plano de segurança, que inclua o estabelecimento de contatos de emergência, a guarda de documentos e a procura de abrigo seguro, é essencial. Outra iniciativa é recorrer a organizações que lidam com casos de abuso, como centros de apoio a vítimas de violência doméstica.

 

Buscar a assistência legal, se necessário, é parte integrante do processo de rompimento. Dessa maneira, garante-se a proteção legal e o suporte adequado durante a transição para uma vida mais saudável e independente.

 

• Saiba onde denunciar um relacionamento abusivo

 

Pessoas que vivem em relacionamentos abusivos podem ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180. O serviço recebe denúncias, orienta e encaminha para serviços de auxílio psicológico. Vítimas mulheres também podem fazer denúncias pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH).

 

Prefeituras e governos também disponibilizam serviços psicológicos para apoiar as vítimas. Quando há crime, deve-se recorrer às Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher. 

 

• Pode haver prisão no caso de relação abusiva?

 

A Lei Maria da Penha tem mecanismos que preveem punição para as violências psicológicas. Situações mais graves podem, assim, ocasionar prisões. 

 

Ocorrendo alguns tipos de violência (física, sexual, moral, psicológica ou patrimonial), é possível o registro do BO, o que irá instaurar o Inquérito Policial, ou Processo Criminal e a consequente prisão. A pena prevista depende do Código Penal, segundo cada caso concreto.

 

Qual a importância do acompanhamento psicológico em casos de relacionamento abusivo?

 

O acompanhamento psicológico faz toda a diferença no processo de recuperação de vítimas de relacionamento abusivo. Com ele, a vítima tem um espaço seguro para compartilhar suas experiências, sentimentos e traumas, muitas vezes profundamente enraizados.

 

Em locais como a Clínica Ressignificar em Brasília, as psicólogas ajudam a reconstruir a autoestima, o que auxilia na compreensão dos padrões de comportamento prejudiciais ao paciente. 

 

Desse modo, a terapia contribui para a desvinculação emocional do agressor. Além disso, o acompanhamento psicológico estabelece estratégias para lidar com as consequências emocionais do abuso, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático. 

 

A terapeuta fornece ferramentas valiosas para fortalecer a resiliência emocional e auxiliar a vítima a desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis. Ao longo do processo terapêutico, a vítima também pode encontrar apoio na reconstrução de relacionamentos saudáveis e no estabelecimento de limites.

 

Sendo assim, o atendimento psicológico promove uma trajetória de cura e autonomia, sendo uma peça-chave na prevenção do retorno a relacionamentos abusivos. A vítima passa a reconhecer sinais de alerta e fortalece a sua autoconfiança para construir um futuro mais positivo e seguro.

 

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Ressignificar: acompanhamento psicológico humanizado e empático

 

A Clínica Ressignificar em Brasília se destaca como a melhor escolha para acompanhamento psicológico humanizado para vítimas de relacionamento abusivo. Proporcionamos um ambiente acolhedor e altamente especializado. 

 

A nossa equipe de psicólogas compreende a complexidade das situações de violência e traumas emocionais. Portanto, adotamos uma abordagem sensível e personalizada para cada indivíduo.

 

O diferencial da Clínica Ressignificar reside na ênfase em práticas terapêuticas que visam à ressignificação das experiências traumáticas. Promovemos, assim, a reconstrução da autoestima e a recuperação emocional. 

 

O foco humanizado não apenas aborda as questões imediatas relacionadas ao abuso, mas também trabalha no empoderamento da vítima, ajudando-a a reconstruir sua vida de maneira saudável e independente. 

 

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Ao oferecer um ambiente seguro, compassivo e altamente qualificado, a Clínica Ressignificar oferece um caminho de cura e transformação.

 

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